A data foi à noite de 14 de julho de 1789, em Paris, quando
Luís XVI recebeu do ataque de La Rochefoucauld-Liancourt a notícia da queda da
Bastilha, da libertação de uns poucos prisioneiros e da defecção das tropas
reais frente a um ataque popular. O rei ao declarar que a investida contra a
Bastilha era uma revolta, reafirmou o seu poder e os vários meios à sua
disposição para fazer face e ao desafio à autoridade; Liancourt replicou que o
que tinha acontecido era irrevogável e além do poder do rei. A parecendo pela
1ª vez em plena luz do dia era na verdade a multidão dos pobres e dos oprimidos
e que em todos os séculos passados tinham estado na obscuridade e na
degradação.
Ao longo da História
das sociedades, houve levantes, houve levantes, revoltas e sedições. Porém, é
com a Revolução Francesa que o movimento ganha o estatuto de revolução, pelo
seu caráter de irreversibilidade e capacidade de articular uma profunda
transformação no sistema de poder vigente. Os monarcas feudais que dividiam o
poder com os grandes senhores de terra viam seu poder diminuindo ante o
crescimento econômico e a ascensão da burguesia. O Estado centralizado surgiu
interligado aos conflitos políticos entre a nobreza e a burguesia,
característicos daquele momento histórico, além das disputas políticas entre os
príncipes e a Igreja Católica. Na França
de Luís XIV, a teoria do direito divino dos reis se generalizou como o modelo
clássico absolutismo. O conceito de soberania e o direito divino justificavam o
exercito e a concentração do poder unicamente nas mãos do monarca.
A Revolução Francesa, no final do século XVIII, abriu as
possibilidades para uma nova forma de organização da sociedade, com um governo
constitucional, representativo e uma economia sem a interferência do Estado. Na
França, vários fatores e contribuíram para o fim da monarquia. Ao mesmo tempo,
havia uma grande crise financeira, oriunda, em parte, da guerra na America. No
inicio da Revolução, a burguesia moderada tentou conter a radicalização popular
e estabelecer um compromisso com o rei e a aristocracia, implantando uma monarquia
constitucional. O período entre 1792 1794 foi radicalização política
e violência. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram
condenados à morte na guilhotina. Os problemas sociais foram deixados em
segundo plano, e as guerras externas consumias os recursos financeiros
franceses. Enquanto o Diretório ia perdendo prestigio pela sua franqueza, o
general Napoleão Bonaparte aproveito-se da situação para tomar, no episódio que
ficou conhecido como Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799).
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