terça-feira, 27 de outubro de 2015

Revolução Francesa

A data foi à noite de 14 de julho de 1789, em Paris, quando Luís XVI recebeu do ataque de La Rochefoucauld-Liancourt a notícia da queda da Bastilha, da libertação de uns poucos prisioneiros e da defecção das tropas reais frente a um ataque popular. O rei ao declarar que a investida contra a Bastilha era uma revolta, reafirmou o seu poder e os vários meios à sua disposição para fazer face e ao desafio à autoridade; Liancourt replicou que o que tinha acontecido era irrevogável e além do poder do rei. A parecendo pela 1ª vez em plena luz do dia era na verdade a multidão dos pobres e dos oprimidos e que em todos os séculos passados tinham estado na obscuridade e na degradação.
  Ao longo da História das sociedades, houve levantes, houve levantes, revoltas e sedições. Porém, é com a Revolução Francesa que o movimento ganha o estatuto de revolução, pelo seu caráter de irreversibilidade e capacidade de articular uma profunda transformação no sistema de poder vigente. Os monarcas feudais que dividiam o poder com os grandes senhores de terra viam seu poder diminuindo ante o crescimento econômico e a ascensão da burguesia. O Estado centralizado surgiu interligado aos conflitos políticos entre a nobreza e a burguesia, característicos daquele momento histórico, além das disputas políticas entre os príncipes e a Igreja Católica.  Na França de Luís XIV, a teoria do direito divino dos reis se generalizou como o modelo clássico absolutismo. O conceito de soberania e o direito divino justificavam o exercito e a concentração do poder unicamente nas mãos do monarca.
A Revolução Francesa, no final do século XVIII, abriu as possibilidades para uma nova forma de organização da sociedade, com um governo constitucional, representativo e uma economia sem a interferência do Estado. Na França, vários fatores e contribuíram para o fim da monarquia. Ao mesmo tempo, havia uma grande crise financeira, oriunda, em parte, da guerra na America. No inicio da Revolução, a burguesia moderada tentou conter a radicalização popular e estabelecer um compromisso com o rei e a aristocracia, implantando uma monarquia constitucional. O período entre 1792 1794 foi radicalização política e violência. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados à morte na guilhotina. Os problemas sociais foram deixados em segundo plano, e as guerras externas consumias os recursos financeiros franceses. Enquanto o Diretório ia perdendo prestigio pela sua franqueza, o general Napoleão Bonaparte aproveito-se da situação para tomar, no episódio que ficou conhecido como Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799).

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